O teu olhar é límpido,
longe olha,
não vê a desgraça
no universo que te
rodeia.
Descalça caminhas
com segurança e firmeza,
os pés não se conspurcam
na imundície da estrada.
Pobre, da luz te revestes,
sem jóias, sem atavios,
o teu corpo indomável
resplandece como a
verdade.
Sonharam dominar-te,
acorrentar-te ao mundo
sórdido e egoísta.
Mas tu voaste mais alto,
sobre a linha do
horizonte.
A ti me dou
por ti morrerei,
porque corres no meu
sangue,
irmã, mãe da minha alma,
Liberdade!